Dissertação sobre direitos das crianças refugiadas é premiada por Agência da ONU

27/09/2018 13:26

A dissertação de mestrado “Crianças refugiadas: um olhar para infância e seus direitos” foi premiada no IV Concurso de Teses e Dissertações da Cátedra Sérgio Vieira de Mello do Alto Comissariado das Organização das Nações Unidas (ONU), na Universidade Federal do Paraná. A dissertação foi defendida por Deborah Esther Grajzer em fevereiro de 2018, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Atualmente Deborah é doutoranda em Educação e graduanda em Relações Internacionais pela UFSC.

Sobre a pesquisa

Apesar de muitas pesquisas no Brasil se debruçarem a respeito da migração e refúgio, a situação das crianças envolvidas na condição de refugiadas ainda é pouco investigada. A partir de referenciais teóricas da Sociologia da Infância e da perspectiva Histórico-cultural, a dissertação teve como marco a Doutrina da Proteção Integral e a aplicabilidade do Direito da Criança e do Adolescente como afirmação do Direito Internacional dos Direitos Humanos. Investigou-se as condições de vida das crianças refugiadas e seus direitos, garantidos ou não, a partir da legislação internacional e nacional.

A dissertação almeja dar visibilidade a criança em situação de refúgio, além de sua relevância acadêmica. Para Deborah, embora a legislação sobre a criança refugiada tenha sido ampliada e o tema tenha ganhado espaço na agenda internacional e regional, como esboça o Parecer Consultivo OC-21/14 sobre Direitos e Garantias para Crianças no Contexto da Migração e/ou em Necessidade de Proteção Internacional (2014), pouco comprometimento e avanços foram observados na realidade. As crianças refugiadas ainda são cinco vezes mais propensas a estarem fora da escola do que a média global. Enquanto 91% das crianças em todo o mundo têm acesso ao Ensino Fundamental, apenas 50% das crianças refugiadas têm acesso a essa modalidade de ensino. A educação ainda é mais negligenciada para os refugiados do que para as outras crianças nos dias atuais, conforme aponta relatório global Missing Out: Refugee Education in crisis, publicado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em 2016.

Outra questão se refere à desigualdade de gênero, já que as meninas refugiadas permanecem sendo mais propensas a estarem fora da escola do que os meninos, por razões religiosas, culturais, étnicas ou políticas, que acabam tendo consequências, como o casamento infantil, exploração sexual e gravidez precoce. Por isso a importância do acesso à educação, para que possam ter contato com bens culturais e conhecimentos produzidos pela humanidade, além de se desenvolverem e poderem conhecer e reivindicar por seus direitos enquanto mulheres e refugiadas.

Segundo a pesquisadora, não há uma infância única e universal, e as condições impostas às crianças refugiadas em diversas regiões do mundo não são as mesmas que se apresentam as outras crianças, exprimindo as diferenças individuais relativas à inserção de gênero, classe e etnia conforme o contexto sócio histórico cultural em que estão inseridas.

A dissertação de Deborah Esther Grajzer foi orientada pela professora do Departamento de Educação da UFSC, Luciane Maria Schlindwein, com coorientação de Josiane Rose Petry Veronese do Departamento de Direito da UFSC. A interdisciplinaridade entre a educação e o direito foi essencial para elaboração do estudo. A dissertação pode conferida neste aqui.

Informações do site de Notícias da UFSC

Confira fotos da defesa da dissertação

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Evento em São Paulo discute “O papel da escola pública na inclusão de crianças e adolescentes imigrantes”

04/06/2018 22:13

No dia 04 de junho ocorreu o Seminário “O papel da escola pública na inclusão de crianças e adolescentes imigrantes”, que marcou o encerramento do projeto Tendas de Cidadania, cuja ação é promover a inclusão social e cultural de crianças e adolescentes migrantes, e em situação de refúgio e descendentes, por meio de atividades que valorizam a diversidade cultural, e o exercício da cidadania buscando a compreensão, defesa e difusão dos direitos humanos na cidade de São Paulo.

O projeto Tendas de Cidadania foi elaborado pelo Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC) e contou com o apoio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo e da Prefeitura de São Paulo.

Durante o evento ocorreu o lançamento do Livro das Tendas, que apresenta algumas atividades desenvolvidas ao longo do projeto e que podem contribuir para futuras ações de professores e outros profissionais que atuam com crianças migrantes e refugiadas, além de visar à criação e aplicação de políticas públicas direcionadas à essa população.

A Doutoranda e pesquisadora do NUPEDOC, Deborah Esther Grajzer, esteve presente no evento e parabeniza a iniciativa do município de São Paulo ao buscar valorizar as experiências de vida das crianças migrantes e refugiadas e dar voz a esses indivíduos. Além de seguir como ferramenta de sensibilização e ações futuras de combate à discriminação e xenofobia.

Para mais informações sobre o projeto acesse: https://www.cdhic.org.br/tendas-de-cidadania

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Quando é bom ou ruim ajudar os filhos com a lição de casa?

21/05/2018 10:07

Há cerca de dois meses, a servidora pública mineira Cristina Dorneles, 43, começou a mudar o jeito como ajuda na lição de casa da filha Maria Rita, de 10 anos, aluna de uma escola particular de Brasília. “Eu sempre a acompanhava, todos os dias. Explicava novamente as questões estudadas, ia até pesquisar no YouTube. Ficávamos até as 23h fazendo as tarefas, mas percebi que ela ficava esperando a minha ordem (para fazer a lição). O fato de eu estar sempre ali estava tirando a autonomia dela”, conta Dorneles. “Conversamos e eu disse: ‘Vamos fazer de forma diferente? A mamãe acaba te dando uma segurança que nem sempre você vai ter, e você tem que fazer o seu esforço’. Ela ainda está se adaptando, mas ajudo só quando ela tem dúvidas e a gente pesquisa juntas.” Assim como Dorneles, muitos pais fazem bastante esforço para ajudar os filhos com a lição de casa. Mas qual é a melhor forma de fazer isso?

Uma pesquisa recente da fundação educacional britânica Varkey concluiu que pais brasileiros dedicam uma média de oito horas por semana ajudando os filhos com as atividades escolares – uma hora a mais do que a média global, entre 29 países que participaram do levantamento. E 46% dos mil pais brasileiros entrevistados na pesquisa acham que não passam tempo suficiente auxiliando na educação dos filhos.

Continue a leitura no site da BBC Brasil

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Edital de substituto para o Colégio de Aplicação

25/04/2018 16:58

Está aberto edital de substituto para o Colégio de Aplicação, anos iniciais. As inscrições ocorrem até dia 27/04.

O edital pode ser acessado aqui.

2.3.2: Centro de Ciências da Educação – CED 2.3.2.1: Colégio de Aplicação – CA Área/Subárea de conhecimento: Educação Geral Processo: 23080.021946/2018-08 Nº de vagas: 01 (uma) vaga Regime de Trabalho: 40 (quarenta) horas semanais Requisitos: Licenciatura em Pedagogia nos Anos Iniciais.

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